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28 de outubro de 2010

Poema de Ernesto Cardenal


Ernesto Cardenal

Tu e eu, ao perdermos um ao outro,
ambos perdemos.
Eu, porque tu eras o que
eu mais amava,
tu, porque eu era quem te amava mais.
Mas, entre nós dois,
tu perdes mais do que eu.
Porque eu poderei amar
a outras
como amei a ti.
Mas a ti nunca ninguém
jamais amará
como eu te amei.

Ernesto Cardenal,1971
(Tradução de Paulo Sant'ana)
]
Nota: Ernesto Cardenal nasceu em Granada, Nicarágua, em 1925. Em 1954 participou na rebelião contra a ditadura de Somoza. Foi monge trapense, ordenou-se sacerdote e fundou a comunidade de Solentiname, em uma ilha do lago da Nicarágua. Vinculado à frente sandinista desde 1978, foi ministro de Cultura de duas legislaturas. Sua obra poética compreende, entre outros títulos, Salmos, Oração por Marilyn Monroe e outros poemas, O estreito dudoso, Homenagem aos índios americanos e O evangelho em Solentiname.

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