Sou MARCUS EDUARDO DE OLIVEIRA, economista e ativista ambiental. Aqui, buscamos "praticar", do ponto de vista teórico, uma ECONOMIA SOCIAL, ECOLÓGICA e HUMANA que se coloque à serviço de todos, tendo em vista que a CIÊNCIA ECONÔMICA é feita pelos homens e para os homens. Almejamos construir, por meio da divulgação de ideias econômicas, uma sociedade mais fraterna e ECOLOGICAMENTE equilibrada. Participe conosco desse debate. A socialização do conhecimento e da informação são essenciais para isso.
Bem-vindo ao Blog do Prof. Marcus Eduardo de Oliveira
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29 de agosto de 2010
Por una economía comunitaria y social: La vida es ...
EL KALEIDOSKOPIO DE GABALAUI: Por una economía comunitaria y social: La vida es ...: "Fuente: Revista Pueblos Por Marcus Eduardo de Oliveira El desarrollo desigual de países y regiones en la economía mundial capitalista se ..."
26 de agosto de 2010
RECADO AOS JOVENS FUTUROS ECONOMISTAS
Artigo escrito em parceria com o economista peruano Hugo Meza.
RECADO AOS JOVENS FUTUROS ECONOMISTAS
E AOS QUE DESEJAM ESTUDAR ECONOMIA
Hugo Eduardo Meza Pinto (*)
Marcus Eduardo de Oliveira (**)
Caro leitor:
As personalidades listadas a seguir têm algo em comum - Alan Greenspan (ex-presidente do Banco Central americano), Peter Druker (guru da Administração), Philip Kotler (guru dos Negócios Empresariais), Kofi Anan (ex-Secretário Geral da ONU), Mick Jagger (cantor), Arnold Schwarzenegger (ator e governador da Califórnia), Ivan Zurita (presidente da Nestlé), Roger Agneli (presidente da Vale) e Bernardinho (técnico de vôlei da seleção brasileira) - todos, sem exceção, passaram por uma faculdade de Economia.
Apesar de não exercerem a profissão de economista, estas personalidades, certamente, utilizaram e ainda utilizam os conceitos da ciência econômica em suas vidas profissionais ou mesmo pessoais.
Qual o motivo de comentarmos isso? Durante os últimos anos tem-se falado de maneira generalizada em Economia (enquanto ciência), principalmente em alguns dos conceitos que envolvem este ramo do conhecimento.
Atualmente, percebe-se uma tendência em discutir conceitos econômicos na sociedade. Muito se fala, por exemplo, na importância da educação financeira. Nesse pormenor, já há estudos que apontam para a viabilidade de inserir conceitos sobre educação financeira na grade curricular do ensino médio. Nesta mesma linha, é comum vermos e ouvirmos em programas de TV e rádio alguém se dedicar aos assuntos do universo da Economia. Não por acaso, sempre aparecem especialistas no assunto, apresentando-se em tom de conselhos.
Diante disto, uma pergunta se apresenta como pertinente: Como explicar a diminuição de demanda de estudantes pelo curso de Economia no Brasil, e em alguns outros lugares do mundo? A Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Economia (Anges) aponta para essa diminuição desde a década de 1980. Corrobora para isso os dados apresentados pelo Censo da Educação Superior Brasileira do Ministério da Educação (MEC) mostrando que somente 3,2% do total de matrículas, no Brasil, são do curso de Economia. Nos Estados brasileiros, há uma tendência dramática de diminuição de vagas preenchida para a graduação em Economia, quer seja em instituição privada ou nas universidades públicas e federais.
Conquanto, a pergunta permanece: Como explicar essa dicotomia entre se falar e mesmo estudar Economia no dia a dia?
Uma das razões disso, talvez, seja por que os próprios economistas pecam ao se apresentarem em tons demasiadamente teóricos; pouco compreensíveis, portanto, para os não familiarizados com os jargões econômicos. Não por acaso, nós economistas, “inventamos” até mesmo um linguajar complexo e sofisticado ("economês") na tentativa de explicar os fatos. É a linguagem tecnicista e rebarbativa, sibilina por conceito, que mais atrapalha que ajuda as pessoas a bem compreenderem o universo econômico.
Para complicar ainda mais a pouca compreensão do público em geral, nós economistas acreditamos piamente no uso de modelos matemáticos para explicar quase tudo, como se as relações sociais e econômicas fossem previsivelmente exatas e como se a vida de todos nós se resumisse a números, taxas e índices. Ora, isto mostra a frieza de uma ciência que, ao contrário, tem um lado de estudo muito humano, voltado a entender a sociedade em suas múltiplas manifestações, principalmente no aspecto social.
No entanto, ao insistirmos em teorizar de forma estritamente acadêmica e por vezes, pouco popular, criamos com isso uma espécie de ranço na aceitação social que prejudica, sobremaneira, a imagem do profissional economista. Não raro, esses profissionais são muitas vezes vistos como arautos do apocalipse; ou o que é pior: de estimuladores e entendidos apenas de crise, do caos, da confusão.
Uma segunda questão – que se alinha a primeira - sobre a dificuldade em angariar novos interessados em estudar Economia recai, em nosso entendimento, na pouca familiaridade em tentar explicar para a sociedade o campo de atuação do economista. Por vezes, não somos claros em explicar que este profissional pode ocupar espaços em atividades públicas e privadas; dada a abrangência de conhecimentos sólidos que o curso fornece. Esta abrangência somente é possível por se tratar de uma formação sólida que não se limita a dados técnicos, mas que abrange a discussão dos processos históricos e sociais que construíram, desde os escritos seminais dos clássicos ingleses, o pensamento econômico.
Todavia, nunca é tarde para a mudança. O momento que se apresenta é muito propício para tentar recuperar o interesse por estudar Ciências Econômicas. A nossa profissão de economista no Brasil tem exatamente 59 anos de existência, desde o reconhecimento formal regulamentada pela Lei n° 1.411, de 13 de agosto de 1951.
No entanto, nessas quase seis décadas, poucos foram os momentos em que professores, conselheiros, profissionais da área e estudantes se reuniram para discutir os caminhos, os valores, a missão, o propósito e a atuação do economista no exercício de suas atividades. Excetuando-se os congressos e encontros profissionais realizados, são raros os momentos de profunda reflexão em torno do objetivo de orientar os jovens futuros economistas sobre o modo de atuar e, mais que isso, sobre como a Economia – tanto na teoria quanto na prática – age e influencia no cotidiano das pessoas.
Outro fito deste artigo é, justamente, o de contribuir para a orientação futura do jovem estudante de Economia, visando também resgatar as demandas verificadas no passado, quando se formavam muitos economistas. Para isso, nos sentimos encorajados a esboçar algumas linhas direcionadas, especificamente, ao debate sobre a atuação e o papel do economista em nossa sociedade. Desnecessário afirmar, contudo, que não nos apresentamos como conselheiros e donos da verdade; não temos a prerrogativa do tom professoral.
É oportuno reiterar que apenas desejamos, tão somente, contribuir para o aprofundamento de temas que cercam a natureza da ciência econômica no que toca a discorrer sobre os propósitos mais interessantes dessa ciência – para aquilo que se convenciona entender ser uma boa economia – e, ademais, para vermos aumentar o interesse pelo curso superior.
No sentido de discutir os propósitos da ciência econômica, um primeiro ponto a ser ressaltado é que o economista que constrói hipóteses deve, obrigatoriamente, a seguir, confrontar seus modelos com a realidade social. Somente o mundo real poderá validar ou não suas idéias. É imprescindível, todavia, não perder de vista que os modelos da economia são imperfeitos; sua verificação é aproximativa. A realidade social - em todas suas manifestações - é passível de soluções econômicas. Por sinal, todo problema social exige, por contrapartida, uma solução econômica. Dessa constatação emerge afirmar que a Economia precisa, para ser aceita definitivamente como uma ciência capaz de promover boas ações, colocar o progresso a serviço dos mais pobres. Talvez o principal papel da Economia seja o de ser construtiva. Para isto, não se deve perder de vista que no atual mundo, em que um terço da humanidade continua mergulhada na miséria, a ciência econômica deve, à sua maneira, priorizar o combate às questões sociais mais agudas.
O desenvolvimento econômico quando proferido e ensinado pela economia só faz sentido se levar bem-estar aos que mais sofrem. Gandhi, uma das almas mais brilhantes que já pisou no planeta Terra, a esse respeito disse que “o desenvolvimento seria bom e justo somente se elevasse a condição dos mais necessitados”.
Os jovens futuros economistas precisam, neste pormenor, em busca de alcançar equilíbrio econômico-social, encarar que a justiça social é um imperativo que deve predominar sobre a produção. O mundo da Economia não deve, pois, ser reduzido à condição de mercado, nem de mercadoria. Antes disto, é fundamental ter ciência que existe algo de mais valioso: a vida humana. Aos jovens futuros economistas em processo de graduação, e aos que desejam se inscrever num curso de Economia, recomenda-se não se recuse ao exercício de ver a sociedade tal qual ela é. Se os economistas de hoje, de ontem e, espera-se que os do amanhã têm uma função a cumprir na sociedade, entendemos que essa é, em larga medida, a de se envolver no processo de transformação econômica e social.
Cristovam Buarque, engenheiro de formação e economista por opção do doutorado, diz brilhantemente que “não faz sentido ser economista se não for para lutar contra a fome e a pobreza que marca a vida de muitos brasileiros”.
Entendemos que o futuro economista deve, caso concorde com essa premissa e se predisponha a lutar por uma sociedade de iguais, ter clara a idéia central de que a Economia precisa ser inclusiva. A Economia, definitivamente, não funciona sem a inclusão das pessoas por um motivo bem simplista: ela é feita pelos homens e para os homens.
Por fim, reitera-se aqui que por inclusão entendemos uma vida sem dificuldades básicas; uma vida de acesso, de oportunidades iguais.
Neste pormenor, concordamos plenamente que a finalidade do economista e a da ciência econômica seria aquilo que Carl Menger argumentou, em seu tempo: “a economia precisa satisfazer as necessidades humanas”. Detalhe: não estamos nos referindo ao conspícuo. Estamos nos referindo, apenas, a necessidades básicas: comer, se vestir, se abrigar, trabalhar, buscar ser feliz.
A você, caro estudante que deseja ingressar no curso de Economia, sinta-se tocado no seguinte: esta ciência tem todas as ferramentas para ajudar no seu progresso e da sociedade. Contamos contigo para a consolidação dessa árdua tarefa. Assim como a Economia (enquanto ciência) precisa de você, você também precisa da Economia (também enquanto atividade) para fazer avançar a qualidade de vida de todos. O desafio está lançado. Venha estudar Economia!
Nós, e a maioria de economistas que sentem nas veias a profissão, garantimos que vale a pena.
(*) Economista, Doutor pela (USP).
É Diretor Geral das Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba - Brasil.
Meza@santacruz.br
(**) Economista, mestre pela (USP).
É professor de Economia da FAC-FITO / UNIFIEO (S. Paulo - Brasil).
prof.marcuseduardo@bol.com.brhttp://twitter.com/marcuseduoliv
20 de agosto de 2010
AN UNEQUAL WORLD
Nosso artigo "An Unequal World" foi reproduzido pelo jornal PRAVDA, em sua versão inglesa, e pela revista Ethiopian Review, dos Estados Unidos.
An Unequal World
Marcus Eduardo de Oliveira (*)
"The real relief to be provided to the poor is the abolition of poverty." Victor Hugo, French novelist
The news on socioeconomic inequalities on a global scale, there is no room for doubt: the world is becoming more unequal and less fraternal. In fact, it seems the world is upside down - The world turned upside down, as the letter of Coldplay, and it was also entitled in the latest report on inequality published by the The Economist, in the April last edition. The figures corroborate this sad scenario that deserve consideration: one in two people live on less than two dollars a day, one in three have no access to electricity, one in five have no access to drinking water, one in six is illiterate.
One in every seven adults and one child in three suffers from malnutrition. Every five seconds a child dies of hunger in the world, although there is fertile land for growing food. Just as an example, planting destined to produce food for livestock in the United States is 64% of the amount of their own lands, while the production of fruit and food takes up only 2%. In summary, it appears that one person in every seven is suffering from hunger in the world that reproduces this paradigm in the U.S.
While the consumption of food grows for a part of the world population, another part is seen completely jettisoned from this feast: 20% of the population - or one in five people - is excluded from the growth in consumption. This affects the continuity of life: more than 300 million people worldwide have a life expectancy below 60 years, in part by poor diet and because of diseases resulting from poor diet. Thirty-five percent of the world population does not have energy and sufficient proteins in their diet. In the world there are 2 billion people with anemia, including 5.5 million who live in countries of advanced capitalism.
However, while hunger and its consequences victimize a considerable proportion of the population, on the other side, the opulence of that story gives a special coloring to some "privileged." Note that only four Americans - Bill Gates, Paul Allen, Warren Buffet and Larry Ellyson - possessed a few years ago a fortune equivalent to the GDP of 42 of the poorest nations, concentrated in their hands, countries with a total population of over 600 million empty stomachs and starving mouths.
The global inequality shows that 80% of global wealth is in the hands of 15% of the "privileged." From this comes the sumptuous consumption, conspicuous in the parlance of economists. Example? The annual consumption of cigarettes, just in Europe is around 50 billion dollars. For the various alcoholic beverages, also in Europe, spending reached 105 billion dollars a year. In the U.S. alone, the annual expenditure on cosmetics reached $ 8 billion. Drug consumption in the world rotates on "optimistic" calculations, the importance to the economy of 400 billion dollars each year.
According to the International Institute for Strategic Studies, the money that the world (especially the rich countries, highlighting the country run by Barack Obama) designates to military spending for eleven days would feed and heal all the sick and starving children on the planet. Eleven days are hardly sufficient for the world to know the face of brotherhood. For the aggressors, those who command this process of severe inequality, are left with 354 days for the "noble" profession of killing.
Specialists in the subject believe that 200 million dollars (less than twenty times what is spent on ice cream a year in Europe alone) or what the armed forces spend in only three hours of "good work" decimating the innocent, could wipe out (to use a term common to the countries of warfare) diseases such as diphtheria, pertussis, tetanus, measles and polio, which together kill 4 million children per year.
For these and other reasons, the world is becoming more unequal, more unjust and savage. How long until resistance arises against such aggression against the greatest of all principles: life?
(*) Marcus Eduardo de Oliveira is an economist and Professor of Economics FAC-FITO and UNIFIEO in Sao Paulo, Brazil. Specialist in International Politics by (EPHF) and master's (USP). Columnist of the sites, "The Economist" and "Portal EcoDebate. He also contributes to Zwela News Agency (Angola) and the Lusophone News (Portugal).
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Twitter - http://twitter.com/marcuseduoliv
18 de agosto de 2010
EL AUTOENGAÑO Y LA ECONOMIA
EL AUTOENGAÑO Y LA ECONOMIA
Hugo Eduardo Meza Pinto (*)
Marcus Eduardo de Oliveira (**)
Algunos de los libros de autoayuda disponibles en las librerías brasileras, son: “Quien piensa enriquece”; “10 respuestas que cambiarán su vida”; “Mentes brillantes, mentes entrenadas”; “Como hacer que tus dioses trabajen para ti”.
Todos esos títulos, y otros más, clasificados de autoayuda, tienen el objetivo de dar coraje a las personas y llevarlas a creer que pueden cumplir sus objetivos, que estas son capaces e que, tarde o temprano, vencerán en un mundo cada vez más marcado por La dinámica de La competencia e del “sálvese quien pueda”.
Datos de la Cámara Brasilera de Libros, confirmados por las listas de libros más vendidos en periódicos y revistas de gran circulación nacional, muestran, en los últimos años, un crecimiento exponencial de este tipo de literatura en el Brasil, lo que indica, ciertamente, que cada vez más, las personas persiguen sus objetivos ayudados por elementos motivacionales. La lista de esos libros, reiteramos, es extensa y sus autores tienen estatus de popstar. De esta forma, nos permite realizar algunas consideraciones pertinentes, una vez que la palabra clave, en este tipo de literatura es la motivación.
El termino motivación deriva del latín movere, que significa mover, perseguir objetivos. Es más o menos eso que los libros citados anteriormente pretenden provocar: tocar los ánimos internos de tal manera que puedan viabilizar o, por lo menos, estimular la intención de conducir a cada uno al objetivo final: conseguir los resultados esperados.
Al valerse de este tipo específico de literatura, buscando ayuda externa para animar, nos preguntamos: ¿eso sería autoayuda o autoengaño?
El biólogo Robert Trivers, considerado el principal exponente de la Psicología Evolutiva, defiende que los humanos evoluímos para creer en mentiras que nos hagan sentir mejores y que justifiquen, por eso, nuestras actitudes.
Dentro de este raciocinio, el economista brasileño Eduardo Giannetti da Fonseca escribió una obra con el título provocante de “Autoengaño”.
En su libro, Giannetti discute la hipótesis de que los humanos estamos seriamente engañados sobre nosotros mismos y sobre credos, pasiones y valores que nos gobiernan. Estaríamos, en su opinión, en una especie de completo autoengaño – muchas veces, sin darnos cuenta de eso. Ese autoengaño seria, por eso, más completo y perfecto, cuanto menos sea un acto planificado o voluntario, ahí reside la necesidad de tener elementos internos y externos para poder contribuir para la obtención de resultados.
De esta forma, la autoayuda seria el proceso por el cual los seres humanos se predisponen (en realidad, se auto engañan) a recibir estímulos internos y externos para conseguir cumplir sus objetivos predeterminados. Aparentemente, habría un complot establecido por nosotros mismos que muchas veces seria ayudado por elementos externos (es en este punto que la literatura de autoayuda se encaja y consigue éxito, explotando una parte de nuestro comportamiento, ya que se percibe una cierta debilidad en nuestras actitudes comportamentales) buscando resultados esperados.
Aunque sean temporarios (y en la mayoría de veces lo son), estos resultados causarían sensaciones de bienestar compartido. Por eso, la motivación (el moverse, aunque sea de forma individual) seria una actitud oportunista del ser humano cuyo resultado es absorbido como una sensación de vida mejor – una especie de realización hedonista preconizada por los clásicos griegos de la filosofía.
Sobre eso, es oportuno recordar que en siglo XIX, el economista y filosofo moral escocés Adam Smith (1723-1790) escribió: “Teoría de los Sentimientos Morales”, por señal, su primer libro publicado en 1759, en el decía que “los seres humanos son entes racionales que siempre persiguen su autointerés. Pero, así mismo, siguiendo ese interés propio, la racionalidad humana, si poseer libertad para ser expresada y practicada, llevaría el progreso a la sociedad”.
Según Smith, el mercador o comerciante, por ejemplo, motivado apenas por su interés egoísta (self-interest), es llevado por una mano invisible a promover algo que nunca hizo parte de su interés inicial: el bienestar de la sociedad.
Interpretando el punto de vista de Smith es perfectamente posible obtener equilibrio económico siendo egoísta y autoengañandose. En esa circunstancia no reside ningún conflicto, en nuestro entendimiento. Dentro de esa misma óptica, el economista canadiense, John Kenneth Galbraith (1908-2006) afirma que “los seres humanos, en contraste con las maquinas, evalúan sus propias posiciones en relación al valor de otras y pasan a aceptar los objetivos de los otros como si fueran suyos, ósea, un autoengaño colectivo con beneficio común”.
Es importante reiterar, por otro lado, que la teoría económica también muestra (y no esconde) las limitaciones del ser humano. Wiliam Stanley Jevons (1835-1882), economista que se especializo en estudiar filosofía moral, menciona esta temática cuando trata de dos tipos de sentimientos específicos: placer y sufrimiento. Estas se comportarían como variables opuestas que deben ser sumadas para obtener una especie de saldo del bienestar. Una vez más, tenemos aquí la connotación de que la teoría económica hace uso de sus conceptos filosóficos para consolidar sus argumentos. Dolor y placer serian dos sensaciones que el hombre, del pasado e de los días hodiernos estuvo, ETA y estará siempre expuesto. Para alcanzar la felicidad se necesita, grosso modo, evitar la primera y realizarse plenamente en la segunda. No es por acaso, los escritos de los economistas utilitaristas, dentro de ellos destacamos Jeremy Benthan (1748-1832) y John Stuart Mill (1806-1873), los cuales refuerzan esos principios.
Retomando el pensamiento de Jevons, tenemos que, el hombre nunca está feliz, pero siempre está para ser feliz, y es por ese desafío que es llevado a, frecuentemente, adoptar una serie de decisiones o caminos dentro de un contexto de pura racionalidad limitada (pocas informaciones, políticas tendenciosas, etc.).
En ese panorama, el proceso de decisiones, al que Jevons se refiere, sería el objetivo de análisis más considerable del universo de la ciencia económica, aunque exista mucha discordancia sobre eso.
Pero, todo depende, en términos económicos, de las buenas decisiones, es lo que afirma el economista liberal francés Guy Sorman. Esas decisiones, realizadas por nosotros, llevan consigo el postulado defendido por la escuela austriaca de economía, también de cuño liberal, que dice: es la acción humana que apunta para la capacidad de hacer prosperar la economía.
De esta forma, entendemos que la acción humana es movida por las ideas que nos llevan, a las finales, a las decisiones. Reiteramos, todavía, el cuidado para no confundir ideas con capital humano. Las ideas existen en función del capital humano. Aunque, ellas solamente, aisladas y no llevadas a cabo, no sirven para nada. Lo que nos hace avanzar son nuestras acciones. Leonardo Boff, teólogo brasileiro, al respecto dice: “ideas buenas podemos tenerlas, pero o que de hecho mueve el mundo son nuestras acciones”. Reside ahí el hecho de defender la inclusión de las personas en el conjunto de operaciones de la economía. Si de hecho, actuamos para maximizar nuestras ventajas materiales, nada más justo que incluir y combinar acciones con la participación de cada uno. Edmundo Phelps, otro nombre consagrado de la teoría económica contemporánea reitera que “la buena economía es la que satisface la aspiración de una buena vida”. Eso es, en esencia, lo que todos buscan al frecuentar el tipo de literatura mencionada al inicio de este artículo; aunque sea el más completo autoengaño.
Finalmente, hay algo que necesita ser dicho: esa situación deja al ser humano en situación vulnerable y, muchas veces, viciado en estímulos internos y externos. Ese contexto es aprovechado comercialmente por la práctica de la autoayuda que cumple papel similar que el de la religión. En este caso, lo hace ofreciendo una especie de salvación necesaria para minimizar impactos negativos de decisiones (acciones) erradas o para contribuir con la obtención de resultados (objetivos) propuestos. En este caso, estamos convencidos que la autoayuda seria, en realidad, un completo autoengaño.
(*)Economista peruano/brasilero, Doctor por la Universidad de São Paulo (USP). Es Director General de las Facultades Integradas Santa Cruz de Curitiba. Meza@santacruz.br
(**)Economista brasilero, especialista e Política Internacional e magister por la Universidad de São Paulo (USP). Es profesor de Economía de las instituciones de enseño superior FAC-FITO e de UNIFIEO, ambas de São Paulo.
Contacto: prof.marcuseduardo@bol.com.br
http://twitter.com/marcuseduoliv
Hugo Eduardo Meza Pinto (*)
Marcus Eduardo de Oliveira (**)
Algunos de los libros de autoayuda disponibles en las librerías brasileras, son: “Quien piensa enriquece”; “10 respuestas que cambiarán su vida”; “Mentes brillantes, mentes entrenadas”; “Como hacer que tus dioses trabajen para ti”.
Todos esos títulos, y otros más, clasificados de autoayuda, tienen el objetivo de dar coraje a las personas y llevarlas a creer que pueden cumplir sus objetivos, que estas son capaces e que, tarde o temprano, vencerán en un mundo cada vez más marcado por La dinámica de La competencia e del “sálvese quien pueda”.
Datos de la Cámara Brasilera de Libros, confirmados por las listas de libros más vendidos en periódicos y revistas de gran circulación nacional, muestran, en los últimos años, un crecimiento exponencial de este tipo de literatura en el Brasil, lo que indica, ciertamente, que cada vez más, las personas persiguen sus objetivos ayudados por elementos motivacionales. La lista de esos libros, reiteramos, es extensa y sus autores tienen estatus de popstar. De esta forma, nos permite realizar algunas consideraciones pertinentes, una vez que la palabra clave, en este tipo de literatura es la motivación.
El termino motivación deriva del latín movere, que significa mover, perseguir objetivos. Es más o menos eso que los libros citados anteriormente pretenden provocar: tocar los ánimos internos de tal manera que puedan viabilizar o, por lo menos, estimular la intención de conducir a cada uno al objetivo final: conseguir los resultados esperados.
Al valerse de este tipo específico de literatura, buscando ayuda externa para animar, nos preguntamos: ¿eso sería autoayuda o autoengaño?
El biólogo Robert Trivers, considerado el principal exponente de la Psicología Evolutiva, defiende que los humanos evoluímos para creer en mentiras que nos hagan sentir mejores y que justifiquen, por eso, nuestras actitudes.
Dentro de este raciocinio, el economista brasileño Eduardo Giannetti da Fonseca escribió una obra con el título provocante de “Autoengaño”.
En su libro, Giannetti discute la hipótesis de que los humanos estamos seriamente engañados sobre nosotros mismos y sobre credos, pasiones y valores que nos gobiernan. Estaríamos, en su opinión, en una especie de completo autoengaño – muchas veces, sin darnos cuenta de eso. Ese autoengaño seria, por eso, más completo y perfecto, cuanto menos sea un acto planificado o voluntario, ahí reside la necesidad de tener elementos internos y externos para poder contribuir para la obtención de resultados.
De esta forma, la autoayuda seria el proceso por el cual los seres humanos se predisponen (en realidad, se auto engañan) a recibir estímulos internos y externos para conseguir cumplir sus objetivos predeterminados. Aparentemente, habría un complot establecido por nosotros mismos que muchas veces seria ayudado por elementos externos (es en este punto que la literatura de autoayuda se encaja y consigue éxito, explotando una parte de nuestro comportamiento, ya que se percibe una cierta debilidad en nuestras actitudes comportamentales) buscando resultados esperados.
Aunque sean temporarios (y en la mayoría de veces lo son), estos resultados causarían sensaciones de bienestar compartido. Por eso, la motivación (el moverse, aunque sea de forma individual) seria una actitud oportunista del ser humano cuyo resultado es absorbido como una sensación de vida mejor – una especie de realización hedonista preconizada por los clásicos griegos de la filosofía.
Sobre eso, es oportuno recordar que en siglo XIX, el economista y filosofo moral escocés Adam Smith (1723-1790) escribió: “Teoría de los Sentimientos Morales”, por señal, su primer libro publicado en 1759, en el decía que “los seres humanos son entes racionales que siempre persiguen su autointerés. Pero, así mismo, siguiendo ese interés propio, la racionalidad humana, si poseer libertad para ser expresada y practicada, llevaría el progreso a la sociedad”.
Según Smith, el mercador o comerciante, por ejemplo, motivado apenas por su interés egoísta (self-interest), es llevado por una mano invisible a promover algo que nunca hizo parte de su interés inicial: el bienestar de la sociedad.
Interpretando el punto de vista de Smith es perfectamente posible obtener equilibrio económico siendo egoísta y autoengañandose. En esa circunstancia no reside ningún conflicto, en nuestro entendimiento. Dentro de esa misma óptica, el economista canadiense, John Kenneth Galbraith (1908-2006) afirma que “los seres humanos, en contraste con las maquinas, evalúan sus propias posiciones en relación al valor de otras y pasan a aceptar los objetivos de los otros como si fueran suyos, ósea, un autoengaño colectivo con beneficio común”.
Es importante reiterar, por otro lado, que la teoría económica también muestra (y no esconde) las limitaciones del ser humano. Wiliam Stanley Jevons (1835-1882), economista que se especializo en estudiar filosofía moral, menciona esta temática cuando trata de dos tipos de sentimientos específicos: placer y sufrimiento. Estas se comportarían como variables opuestas que deben ser sumadas para obtener una especie de saldo del bienestar. Una vez más, tenemos aquí la connotación de que la teoría económica hace uso de sus conceptos filosóficos para consolidar sus argumentos. Dolor y placer serian dos sensaciones que el hombre, del pasado e de los días hodiernos estuvo, ETA y estará siempre expuesto. Para alcanzar la felicidad se necesita, grosso modo, evitar la primera y realizarse plenamente en la segunda. No es por acaso, los escritos de los economistas utilitaristas, dentro de ellos destacamos Jeremy Benthan (1748-1832) y John Stuart Mill (1806-1873), los cuales refuerzan esos principios.
Retomando el pensamiento de Jevons, tenemos que, el hombre nunca está feliz, pero siempre está para ser feliz, y es por ese desafío que es llevado a, frecuentemente, adoptar una serie de decisiones o caminos dentro de un contexto de pura racionalidad limitada (pocas informaciones, políticas tendenciosas, etc.).
En ese panorama, el proceso de decisiones, al que Jevons se refiere, sería el objetivo de análisis más considerable del universo de la ciencia económica, aunque exista mucha discordancia sobre eso.
Pero, todo depende, en términos económicos, de las buenas decisiones, es lo que afirma el economista liberal francés Guy Sorman. Esas decisiones, realizadas por nosotros, llevan consigo el postulado defendido por la escuela austriaca de economía, también de cuño liberal, que dice: es la acción humana que apunta para la capacidad de hacer prosperar la economía.
De esta forma, entendemos que la acción humana es movida por las ideas que nos llevan, a las finales, a las decisiones. Reiteramos, todavía, el cuidado para no confundir ideas con capital humano. Las ideas existen en función del capital humano. Aunque, ellas solamente, aisladas y no llevadas a cabo, no sirven para nada. Lo que nos hace avanzar son nuestras acciones. Leonardo Boff, teólogo brasileiro, al respecto dice: “ideas buenas podemos tenerlas, pero o que de hecho mueve el mundo son nuestras acciones”. Reside ahí el hecho de defender la inclusión de las personas en el conjunto de operaciones de la economía. Si de hecho, actuamos para maximizar nuestras ventajas materiales, nada más justo que incluir y combinar acciones con la participación de cada uno. Edmundo Phelps, otro nombre consagrado de la teoría económica contemporánea reitera que “la buena economía es la que satisface la aspiración de una buena vida”. Eso es, en esencia, lo que todos buscan al frecuentar el tipo de literatura mencionada al inicio de este artículo; aunque sea el más completo autoengaño.
Finalmente, hay algo que necesita ser dicho: esa situación deja al ser humano en situación vulnerable y, muchas veces, viciado en estímulos internos y externos. Ese contexto es aprovechado comercialmente por la práctica de la autoayuda que cumple papel similar que el de la religión. En este caso, lo hace ofreciendo una especie de salvación necesaria para minimizar impactos negativos de decisiones (acciones) erradas o para contribuir con la obtención de resultados (objetivos) propuestos. En este caso, estamos convencidos que la autoayuda seria, en realidad, un completo autoengaño.
(*)Economista peruano/brasilero, Doctor por la Universidad de São Paulo (USP). Es Director General de las Facultades Integradas Santa Cruz de Curitiba. Meza@santacruz.br
(**)Economista brasilero, especialista e Política Internacional e magister por la Universidad de São Paulo (USP). Es profesor de Economía de las instituciones de enseño superior FAC-FITO e de UNIFIEO, ambas de São Paulo.
Contacto: prof.marcuseduardo@bol.com.br
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PÁGINA UM: O AUTO ENGANO E A ECONOMIA
Artigo em parceria com o economista peruano Hugo Eduardo Meza Pinto - O autoengano e a economiaPÁGINA UM: O AUTO ENGANO E A ECONOMIA: "NOTÍCIAS LUSÓFONAS Alguns dos títulos de livros de autoajuda disponíveis nas prateleiras das livrarias brasileiras, dentre outros, são: “Q..."
17 de agosto de 2010
O AUTOENGANO E A ECONOMIA
O economista peruano Hugo Eduardo Meza e eu, escrevemos sobre o autoengano e a economia. Veja o resultado:
O AUTOENGANO E A ECONOMIA
Hugo Eduardo Meza Pinto (*)
Marcus Eduardo de Oliveira (**)
Alguns dos títulos de livros de autoajuda disponíveis nas prateleiras das livrarias brasileiras, dentre outros, são: “Quem pensa enriquece”; “10 respostas que vão mudar sua vida”; “Mentes brilhantes, mentes treinadas”; “Como fazer os deuses trabalharem para você”.
Todos esses títulos, e mais um monte deles, classificados como de autoajuda, objetivam encorajar as pessoas a acreditarem que podem cumprir seus objetivos, que são capazes e que, cedo ou tarde, vencerão num mundo cada vez mais marcado pela dinâmica da competição e do “salve-se quem puder”.
Dados da Câmara Brasileira de Livros, corroborado pelas listas de livros mais vendidos divulgados em jornais e revistas de grande circulação nacional, mostram, nos últimos anos, um crescimento exponencial desse tipo de literatura no país, o que indica, certamente, que cada vez mais, as pessoas perseguem seus objetivos coadjuvados por elementos motivacionais. A lista desses títulos, reiteramos, é extensa e seus autores estão mais populares a cada dia. Desse modo, isso nos permite fazer algumas considerações pertinentes, uma vez que a palavra-chave, neste tipo de literatura é motivação.
O termo motivação deriva do latim movere, que significa mover, perseguir objetivos. É mais ou menos isso que os livros acima citados pretendem fazer: mexer com os ânimos internos de tal forma que possam viabilizar ou, pelo menos, estimular a tentativa de levar cada um ao objetivo final, qual seja: conseguir os resultados esperados.
Ao se valer deste tipo específico de literatura, procurando ajuda externa para animar a vontade interior, reside, todavia, uma pergunta que nos leva à reflexão e que permite, por conseguinte, alguns desdobramentos: isso seria um ato de autoajuda ou de autoengano?
O biólogo Robert Trivers, considerado o principal expoente da Psicologia Evolutiva, defende que os humanos evoluíram para acreditar em mentiras que os façam se sentir melhores e que justifiquem, doravante, suas atitudes. Nessa mesma linha de raciocínio, o economista brasileiro Eduardo Giannetti da Fonseca escreveu uma obra precisamente com um título bem provocador: “Autoengano”.
Na obra, Giannetti discute a possibilidade de que nós humanos estejamos seriamente enganados sobre nós mesmos e sobre crenças, paixões e valores que nos governam. Estaríamos, na opinião desse autor, numa espécie de completo autoengano – por vezes, sem mesmo nos darmos conta disso. Este autoengano seria, portanto, mais complexo e perfeito, quanto menos for um ato planejado ou voluntário, daí a necessidade de se ter elementos internos e externos para poder contribuir para a obtenção dos resultados.
Assim sendo, a autoajuda seria o processo pelo qual os seres humanos se predispõem (na verdade, se autoenganam) a receber estímulos internos e externos para conseguir atingir objetivos pré-determinados. Aparentemente, haveria um complô estabelecido por nós mesmos que muitas vezes seria coadjuvado por elementos externos (é neste ponto que a literatura de autoajuda se encaixa e faz relativo sucesso, explorando um nicho em nosso comportamento, pois percebe a existência de certa “fraqueza” em nossas atitudes comportamentais) em procura de resultados esperados.
Conquanto, mesmo que sejam temporários (e na maioria de vezes de fato são), estes resultados causariam sensações de bem-estar compartilhado. Portanto, a motivação (o mover-se, ainda que de forma individual) seria uma atitude oportunista do ser humano cujo resultado aponta o dedo em riste para a sensação de vida melhor - uma espécie de realização hedonista preconizada pelos clássicos gregos da Filosofia.
Na esteira destes comentários, é oportuno lembrar que no século XIX, o economista e filósofo moral escocês Adam Smith (1723-1790) escreveu “Teoria dos Sentimentos Morais”, por sinal, seu primeiro livro publicado em 1759, apontando que “os seres humanos são entes racionais que sempre perseguem seu autointeresse. Porém, mesmo seguindo esse interesse próprio, a racionalidade humana, se tiver liberdade para ser expressa e praticada, levaria ao progresso da sociedade”.
Segundo Smith, o mercador ou comerciante, por exemplo, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade.
Interpretando o ponto de vista de Smith é perfeitamente possível ter equilíbrio econômico sendo egoísta e se autoenganando. Nisso não reside nenhum conflito, em nosso entendimento. Nessa mesma ótica, o economista canadense radicado nos EUA, John Kenneth Galbraith (1908-2006) afirma que “os seres humanos, em contraste com as máquinas, avaliam suas próprias posições em relação ao valor de outras e passam a aceitar os objetivos dos outros como os seus, ou seja, um autoengano coletivo com benefício comum”.
É mister reiterar, por outro lado, que a teoria econômica também mostra (e não mascara) as limitações do ser humano. Wiliam Stanley Jevons (1835-1882), economista que se especializou em estudar filosofia e moral, menciona esta temática quando trata de dois dos sentimentos específicos: prazer e sofrimento. Estes seriam como variáveis opostas que devem ser somadas para obter uma espécie de saldo de bem-estar. Uma vez mais, temos aqui a conotação de que a teoria econômica faz uso do cabedal filosófico para expor seus argumentos. Dor e prazer seriam as duas sensações a que o Homem, do passado e dos dias hodiernos esteve, está e estará sempre exposto. Para alcançar a felicidade procura-se, grosso modo, evitar a primeira e realizar-se plenamente na segunda. Não por acaso, os escritos dos economistas utilitaristas, dentre eles Jeremy Benthan (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873), afiançam esses princípios.
Voltando a Jevons, temos que, o homem nunca está feliz, mas sempre está para ser feliz, e é por esse desafio que é levado a, frequentemente, tomar uma série de decisões ou escolhas dentro de um contexto de pura racionalidade limitada (poucas informações, políticas tendenciosas, etc.).
Nesse pormenor, o processo de escolha, enaltecido por Jevons, seria o objetivo de análise mais considerável do universo da ciência econômica, ainda que paire discordância sobre isso.
No entanto, tudo depende, em termos econômicos, das boas escolhas, nos diz o economista liberal francês Guy Sorman. Essas escolhas, feitas por nós, carregam consigo o postulado defendido com unhas e dentes pela Escola Austríaca de economia, também de cunho liberal, qual seja: é a ação humana que aponta para a capacidade de fazer uma economia prosperar.
Nesse sentido, entendemos que a ação humana é movida pelas ideias que nos levam, na ponta final do processo, às escolhas. Reiteramos, todavia, o cuidado para não confundir ideias com capital humano. As ideias existem em função do capital humano. No entanto, elas somente, isoladas e não levadas a bom termo, não servem para nada. O que nos faz avançar são nossas ações. Leonardo Boff, teólogo brasileiro, a esse respeito é pontual: “Ideias boas podemos até tê-las, mas o que de fato move o mundo são nossas ações”. Reside aí, contudo, o fato de defendermos a inclusão das pessoas no conjunto de operações da economia. Se, de fato, agimos para maximizar nossas vantagens materiais, nada mais justo que inserir e combinar vontades com a participação de cada um. Edmund Phelps, outro nome consagrado da teoria econômica contemporânea reitera que “a boa economia é a que satisfaz a aspiração a uma vida boa”. Isso é, na essência, o que todos buscam ao frequentar o tipo de literatura que mencionamos no início deste artigo; ainda que seja no mais completo autoengano.
Destarte, há algo que ainda precisa ser dito: essa situação deixa o ser humano em situação vulnerável e, muitas vezes, dependente (viciado) de estímulos internos e externos. Esse contexto é aproveitado comercialmente pela prática da autoajuda que cumpre papel similar ao da religião. Neste caso, contudo, o faz fornecendo uma espécie de salvação necessária para minimizar impactos negativos de escolhas (ações) erradas ou para contribuir com a obtenção de resultados (objetivos) propostos. Neste caso, ademais, estamos convencidos que a autoajuda seria, na verdade, um completo autoengano.
Os autores:
(*) Economista peruano/brasileiro, Doutor pela Universidade de São Paulo (USP). É Diretor Geral das Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba. Meza@santacruz.br
(**) Economista brasileiro, especialista em Política Internacional e mestre pela Universidade de São Paulo (USP). É professor de Economia da FAC-FITO e do UNIFIEO, ambos em São Paulo.
Contato: prof.marcuseduardo@bol.com.br
http://twitter.com/marcuseduoliv
13 de agosto de 2010
“Uma economia a serviço da sociedade”, por Marcus Eduardo de Oliveira*
Artigo publicado no Dia do Economista, pelo site "O Economista", vinculado à UNIVILLE, de Joinvile, SC.
“Uma economia a serviço da sociedade”, por Marcus Eduardo de Oliveira*
“Uma economia a serviço da sociedade”, por Marcus Eduardo de Oliveira*
7 de agosto de 2010
O Mercado e suas Excentricidades
O tráfico de mulheres e a venda de órgãos; as cirurgias íntimas femininas; Tiger Woods e o Sultão de Brunei. O que isso tudo tem a ver?
Leia nosso artigo "O Mercado e suas Excentricidades", publicado pelo site "OEconomista", vinculado à UNIVILE, Joinvile (SC).
O Mercado e suas Excentricidades
Leia nosso artigo "O Mercado e suas Excentricidades", publicado pelo site "OEconomista", vinculado à UNIVILE, Joinvile (SC).
O Mercado e suas Excentricidades
SONHAR É FUNDAMENTAL, TRANSFORMAR A SOCIEDADE É NECESSÁRIO
"O Economista", de Joinvile (SC) publica nosso artigo "Sonhar é fundamental, transformar a sociedade é necessário".Sonhar é fundamental, transformar a sociedade é necessário
6 de agosto de 2010
Diário La Arena (Argentina) publica nosso artigo
3 de agosto de 2010
POEMA 18 - Pablo Neruda
Poema nº 18
Pablo Neruda
(Em português)
Aqui te amo
Nos sombrios pinheiros desenreda-se o vento
a lua fosforesce sobre as águas errantes
andam dias iguais a perseguir-me.
Desperta-se a névoa em dançantes figuras.
Uma gaivota de prata desprende-se do ocaso.
Às vezes uma vela. Altas, altas estrelas.
Ou a cruz negra de um barco.
Sozinho.
Às vezes amanheço e até a alma está úmida.
Soa, ressoa o mar ao longe.
Este é um porto.
Aqui te amo.
Aqui te amo e em vão te oculta o horizonte
Eu continuo a amar-te entre estas frias coisas
Às vezes vão meus beijos nesses navios graves
que correm pelo mar onde nunca chegam.
Já me vejo esquecido como estas velhas âncoras.
São mais tristes os cais quando fundeia a tarde.
A minha vida cansa-se inutilmente faminta.
Eu amo o que não tenho. E tu estás tão distante.
O meu tédio forceja com os lentos crepúsculos.
Mas a noite aparece e começa a cantar-me
A lua faz girar a sua rodagem de sonho.
Olha-me com os teus olhos as estrelas maiores.
E como eu te amo, os pinheiros no vento
querem cantar o teu nome com as folhas de arame.
********
Em espanhol)
Aquí te amo.
En los oscuros pinos se desenreda el viento.
Fosforece la luna sobre las aguas errantes.
Andan días iguales persiguiéndose.
Se desciñe la niebla en danzantes figuras.
Una gaviota de plata se descuelga del ocaso.
A veces una vela. Altas, altas estrellas.
O la cruz negra de un barco.
Solo.
A veces amanezco, y hasta mi alma está húmeda.
Suena, resuena el mar lejano.
Este es un puerto.
Aquí te amo.
Aquí te amo y en vano te oculta el horizonte.
Te estoy amando aún entre estas frías cosas.
A veces van mis besos en esos barcos graves,
que corren por el mar hacia donde no llegan.
Ya me veo olvidado como estas viejas anclas.
Son más tristes los muelles cuando atraca la tarde.
Se fatiga mi vida inútilmente hambrienta.
Amo lo que no tengo. Estás tú tan distante.
Mi hastío forcejea con los lentos crepúsculos.
Pero la noche llega y comienza a cantarme.
La luna hace girar su rodaje de sueño.
Me miran con tus ojos las estrellas más grandes.
Y como yo te amo, los pinos en el viento,
quieren cantar tu nombre con sus hojas de alambre.
Volver a los 17 - Violeta Parra
Um poema da chilena Violeta Parra, brilhantemente interpretada por Mercedes Sosa.Volver a los diecisiete después de vivir un siglo
Voltar aos dezessete (anos) depois de viver um século
Es como descifrar signos sin ser sabio competente,
É como decifrar signos sem ser sábio competente,
Volver a ser de repente tan frágil como un segundo
Voltar a ser de repente tão frágil como um segundo
Volver a sentir profundo como un niño frente a Dios
Voltar a sentir profundo como uma criança em frente a Deus
Eso es lo que siento yo en este instante fecundo.
Isso é o que eu sinto neste instante fecundo
Se va enredando, enredando
Vai-se enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Como no muro a hera
Y va brotando, brotando
E vai-se brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como o musgo na pedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
Como o musgo na pedra, ah, sim, sim, sim
Mi paso retrocedido cuando el de ustedes avanza
Meu passo retrocedido quando o de vocês avança
El arco de las alianzas ha penetrado en mi nido
O arco das alianças penetrou no meu ninho
Con todo su colorido se ha paseado por mis venas
Com todo seu colorido passeou por minhas veias
Y hasta la dura cadena con que nos ata el destino
E até a dura cadeia com que nos ata o destino
Es como un diamante fino que alumbra mi alma serena.
É como um diamante fino que ilumina minha alma serena
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber
O que pode o sentimento não se pode saber
Ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento
Nem o mais claro proceder, nem o mais amplo pensamento
Todo lo cambia al momento cual mago condescendiente
Tudo muda a todo momento qual mago condescendente
Nos aleja dulcemente de rencores y violencias
Nos livra docemente de rancores e violências
Solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes.
Só o almor com sua ciência nos torna tão inocentes
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
El amor es torbellino de pureza original
O amor é um turbilhão de pureza original
Hasta el feroz animal susurra su dulce trino
Até o feroz animal sussurra seu doce trino
Detiene a los peregrinos, libera a los prisioneros,
Detém os peregrinos, liberta os prisioneiros
El amor con sus esmeros al viejo lo vuelve niño
O amor com seus esmeros ao velho torna criança
Y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero.
E ao mal só o carinho retorna puro e sincero
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
De par en par la ventana se abrió como por encanto
De par em par a janela se abriu como por encanto
Entró el amor con su manto como una tibia mañana
Entrou o amor com seu manto como uma tíbia manhã
Al son de su bella diana hizo brotar el jazmín
Ao son de seu belo dia fez brotar o jasmim
Volando cual serafín al cielo le puso aretes
Voando como um anjo que ao céu lhe pôs suas argolas
Mis años en diecisiete los convirtió el querubín.
Meus anos em dezessete os converteu o querubim
Tribuna do Norte | O horizonte da Economia
Tribuna do Norte, de Natal (RN) publica nosso artigo "O Horizonte da Economia".Tribuna do Norte | O horizonte da Economia
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